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domingo, 9 de março de 2008

Como lembrá-las, MULHERES, no seu dia ?Para sempre, de Carlos Drummond de Andrade


Mãe, irmã, filha, sobrinha, sobrinhas-netas,
namoradas, desejos, paixões,
amigas queridas,
minhas incursões ao feminimo
me fizeram irmão dos poetas,
numa contabilidade mágica.
Acresço-as agora com a Tia Maria, que,
como um anjo, pousou há pouco tempo
nos meus dias para torná-los amenos.
A mim, e a minha mãe,
onde sempre recomeço.
Para todas vocês, minha homenagem. Para sempre...de Drummond...

Por que Deus permite
que as mães vão-se embora?
Mãe não tem limite,
é tempo sem hora,
luz que não apaga
quando sopra o vento
e chuva desaba,
veludo escondido
na pele enrugada,
água pura, ar puro,
puro pensamento.

Morrer acontece
com o que é breve e passa
sem deixar vestígio.
Mãe, na sua graça,
é eternidade.
Por que Deus se lembra
- mistério profundo -
de tirá-la um dia?
Fosse eu Rei do Mundo,
baixava uma lei:
Mãe não morre nunca,
mãe ficará sempre
junto de seu filho
e ele, velho embora,
será pequenino
feito grão de milho.

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