quinta-feira, 16 de dezembro de 2010
Chuva e Afonso Romano: um poema só
O humor e a poesia às vezes resvalam um no outro, fazendo-nos seres humanos e completos. São duas características humanas essenciais, pois passam pelas sinapses e pelo filtro do coração.
Poesia é o tempo condensado,
e de nós só sobreviverá isto.
Poetemos, pois, amiga,amigo.
Nessa tarde de chuva,
apresento-lhe um belo poema
de Afonso Romano de Santanna,
simpático e sábio mineiro de Juiz de Fora,
e que encontrei pela primeira vez
há uns vinte dias atrás em BH.
Está no livrinho da LPM
Intervalo Amoroso
(12 pratinhas pra tanta beleza...?):
Imagem
Não sou dono dessa imagem que sou eu.
Não sou dono dessa imagem:ele
Ele não sou eu.
Conversamos nos desvãos das frases.
Intervalamos pronomes pessoais.
eu sou meu ele?
Com essa caneta na mão escrevo.
Com essa cabeça nos ombros espantado penso.
Olho aquele, elo, ele.
Quem sou ele?
Desamparado me perco no intervalo
do espelho.
Poesia é o tempo condensado,
e de nós só sobreviverá isto.
Poetemos, pois, amiga,amigo.
Nessa tarde de chuva,
apresento-lhe um belo poema
de Afonso Romano de Santanna,
simpático e sábio mineiro de Juiz de Fora,
e que encontrei pela primeira vez
há uns vinte dias atrás em BH.
Está no livrinho da LPM
Intervalo Amoroso
(12 pratinhas pra tanta beleza...?):
Imagem
Não sou dono dessa imagem que sou eu.
Não sou dono dessa imagem:ele
Ele não sou eu.
Conversamos nos desvãos das frases.
Intervalamos pronomes pessoais.
eu sou meu ele?
Com essa caneta na mão escrevo.
Com essa cabeça nos ombros espantado penso.
Olho aquele, elo, ele.
Quem sou ele?
Desamparado me perco no intervalo
do espelho.
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