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domingo, 5 de dezembro de 2010

Sobre a esquizofrenia que assassinou o cartunista Glauco...

Uma vantagem nós temos, os Sarmento e Gomes de Oliveira Sarmento, descendentes de Quelé (meu avô paterno) e Ludovina (minha bisavó materna) , irmãos e distribuidores de uma genética complicada: nós tomamos muito cuidado com nossos descend(o)entes.

O assassinato de Glauco, o mais anarquistas dos nossos desenhistas de humor, é ainda mais trágico porque foi resultado do desconhecimento de que os alucinógenos, o álcool e outros estimulantes provocam em esquizofrênicos.A poção do Santo Daime, que o cartunista julgava milagrosa, pois o havia curado das drogas, segundo lí, pois não o conhecí, na verdade foi o instrumento de sua morte. Transformando-se em um guru, um salvador de almas baseado nos poderes mágicos do cipó amazonense, Glauco incorreu numa generalização que contradizia toda a sua obra, de desvairado ceticismo do comportamento humano.Sabemos agora que nem todos podem tomar o Auaska, e chegará o tempo em que a sua indicação necessitará também de receita. Com tarja preta.

Do Guz, neto de Quelé e bisneto de Ludovina.

( Nascidos todos em Salinas, antigo grotão do Jequitinhonha,

terra de consanguíneos e da ignorância,

um lugar de onde não se saia na primeira metade do século XX.

Escapava-se...!)




03/12/2010 14h33 - Atualizado em 03/12/2010 15h29
Acusado de matar cartunista não responde por seus atos, diz laudo
Exame psiquiátrico afirma que Cadu é inimputável e sofre de esquizofrenia.
Jovem é acusado de assassinar a tiros Glauco e o filho dele Raoni.

Kleber Tomaz Do G1 SP
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Carlos Eduardo Nunes logo após ser preso, em marçoCarlos Eduardo Nunes logo após ser preso, em
março (Foto: Reprodução/TV Globo)

Laudo feito por uma equipe de psiquiatras e psicólogos em Curitiba constatou que Carlos Eduardo Sundfeld Nunes, o Cadu, que confessou ter atirado e matado o cartunista Glauco e seu filho Raoni em 12 de março deste ano em Osasco, na Grande São Paulo, sofre de doença mental, portanto é inimputável, ou seja, ele não pode ser penalizado criminalmente porque não tem condições de responder por seus atos. O resultado do exame de "incidente de insanidade mental" deu positivo e constatou que o jovem de 24 anos sofre de esquizofrenia, segundo apurou o G1.

No documento, os peritos ainda recomendam que Cadu seja submetido a tratamento da doença mental por uma equipe médica especializada em hospital psiquátrico de custódia. O resultado do laudo foi encaminhado nesta semana para apreciação do juiz federal Mateus de Freitas Cavalcanti Costa e do procurador da república Alexandre Halfen, ambos de Foz do Iguaçu (PR).
saiba mais

*


Cartunista Glauco Villas Boas e filho são mortos a tiros em Osasco
* 'Cabeça' de Cadu piorou após conhecer Daime, diz família de suspeito de crime
* Viúva de Glauco presta depoimento e sai sem falar com a imprensa



Foi para Foz do Iguaçu que Cadu fugiu de carro dois dias após matar Glauco e Raoni em Osasco. Ele tentava atravessar a fronteira do Brasil com o Paraguai, quando trocou tiros com policiais rodoviários federais, ferindo um deles. Por esse motivo, todo o processo do homicídio que corria na Justiça paulista foi avocado pela Justiça Federal do Paraná. O Ministério Público Federal também denunciou Cadu por por tentativa de homicídio do policial.

Em seu despacho do dia 30 de novembro, o juiz Freitas Cavalcanti determinou que o laudo fosse remetido para análise do Ministério Público Federal. Segundo a assessoria de imprensa do MPF, o procurador Halfen não quis comentar o assunto. Já a assessoria da Justiça Federal informou que o juiz prefere não se manifestar.

Transferência
A reportagem procurou a defesa de Cadu para comentar o despacho do juiz e o resultado do laudo que constatou a inimputabilidade de seu cliente “Ele deve ser submetido a uma medida de segurança. Tem necessidade de tratamento imediato. A defesa pede para ele ser transferido para um hospital de custódia”, afirmou o advogado Gustavo Badaró, nesta sexta-feira (3).

O defensor quer que Cadu deixe o presídio federal de segurança máxima em Catanduvas, também no Paraná, onde ele está preso preventivamente. O juiz do caso ainda não se pronunciou sobre o pedido feito pela defesa do acusado para que ele vá para um hospital.

Pela lei, como o laudo informa que Cadu não responde totalmente por seus atos, ele não iria para um presídio comum para cumprir pena restritiva de liberdade numa eventual condenação. Em termos técnicos, ele sofreria uma “absolvição imprópria” na Justiça porque tem problemas psiquiátricos. Nesse caso, ele poderia ir para um hospital psiquiátrico em cumprimento à medida de segurança e internação. Por lei, o tempo máximo de permanência em um manicômio judiciário é de três anos, mas existe a possibilidade de prorrogação desse período. Se Cadu fosse condenado criminalmente, ele poderia pegar até 60 anos de prisão.

Cadu foi denunciado pelo Ministério Público de São Paulo por duplo homicídio e pela Procuradoria paranaense por resistência à prisão e tentativa de homicídio.

O crime
Em depoimento à polícia, Cadu confessou o crime. Laudo toxicológico feito no acusado deu positivo para maconha. "Ele entrou em surto psicótico", chegou a dizer o pai de Cadu, Carlos Grecchi Nunes, em entrevista após o crime. Ele afirmou que o filho havia desenvolvido esquizofrenia, que piorou após ele frequentar os cultos de Santo Daime, na chácara de Glauco em Osasco. O cartunista era o líder espiritual da igreja Céu de Maria.

Em depoimento ao delegado que cuida do caso, na sede da Polícia Federal em Foz do Iguaçu, no Paraná, Cadu confessou o crime e afirmou que acabou "com a própria vida" ao cometer os assassinatos. Ele contou que comprou a arma usada no crime e munição na periferia de São Paulo. O plano inicial era sequestrar o cartunista Glauco e levá-lo até sua mãe.

Ainda de acordo com o delegado, o suspeito disse que, para ele, Glauco era um representante de São Pedro. O cartunista também deveria dizer para a mãe do rapaz que seu filho era Jesus Cristo.

O rapaz também inocentou o amigo Felipe Iasi, de 23 anos, responsável por levá-lo até a chácara e acusado de ter auxiliado Cadu na fuga. Iasi chegou a dizer que foi obrigado a dirigir. “Eu estava sob a mira de uma arma. Não sabia onde eu estava, o que estava acontecendo, o que ele queria ali.”

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